Amor
Brisa que sopra e acalenta...
Horizonte distante que traz brilho ao olhar...
Por que me entorpece e faz meu coração sangrar?
Amor, amor, amor... Por que se chama assim?
Sentimento que me afaga com suave ardor...
Sinto-te com a força do meu pensamento.
Fecho os olhos e te vejo dentro de mim, do fundo da minha alma busco um simples acariciar, o tempo é um cicatrizante caixa de esperanças a guardar. Por que tem que ser assim?
Amor... Como posso não te sentir? Vivo com o fardo da lembrança que marca meu coração sem nem ao menos me dar chances para lutar. Amor... És cruel, me dilacera e me doma. Amor... Que vem nos meus sonhos me levar. Diga-me como posso conviver em paz contigo?
Você me alegra e me dá euforia. Arranca-me os sentidos e faz meu coração se debater. Hoje tenho esperanças, amanhã não sei mais se vou ter. Ilude-me, me entontece, me tira todas as armas. Meu escudo é a seriedade, com o olhar tento te enganar. Amor que me apunhala e me trai, trai minha sobriedade, minha lucidez não sei mais onde foi ter.
Busco-te no mar, no horizonte se faz o meu delírio, pelas ondas deixo me levar. Fecho os olhos e penso em ti, o vento me leva a bailar. Amor... Por que não sai de mim já que não posso te ganhar? Proteja-me recobre os meus sentidos, me faça amar sem ser preciso chorar.